Adja Medeiros Adja Medeiros - Água

Vejo pelo vidro da janela a chuva que cai freneticamente, meus olhos seguem as gotículas transparentes. Que se aceleram para juntar-se com as outras, na pequena vida da chuva fecunda, minhas lágrimas ganham a existência de um célebre descontento.

[Que maquiavelicamente multiplica-se em conclusões precipitadas, fazendo-me correr em círculos concêntricos sem previsão de chegada]

No hibrido descristalizamento da fria água, no resfriamento a zero grau e sua inconstância, em fusão transforma-se em gás que precipita e mais uma vez cai.

[Que maquiavelicamente multiplica-se em conclusões precipitadas, fazendo-me correr em círculos concêntricos sem previsão de chegada]